O poeta da selva de pedra se define como viralata da literatura, vagabundo nato. É criador e coordenador da
Cooperifa (Cooperativa Cultural da Periferia) que realiza saraus que reúnem centenas de pessoas da periferia de São Paulo em torno da poesia. A primeira entrevista do Diálogo de Rua é com o poeta Sérgio Vaz.
Quando descobriu que gostava de escrever?
Aos 18 ou 19 anos, por aí. Era letrista de um grupo de música.
Possui algum momento do dia mais propício para fazer poesia?
Gosto de escrever pela manhã quando o cérebro ainda não sofreu interferência do cotidiano.
Como surgiu a ideia de criar a Cooperifa?
Lendo uma matéria sobre a Semana de 22, achei que a gente poderia fazer a mesma coisa, uma espécie de "Antropofagia" só que periférica.
Em algum momento, desde que você começou a escrever, alguém já disse que seus pensamentos não são literatura?
Várias vezes, tem muito intelectual que não me suporta, por conta do sarau da Cooperifa e por conta da literatura que se espalhou na periferia de São Paulo. Outro dia, um desses intelectuais iluminados disse que éramos a revolução dos idiotas.
Possui alguma poesia predileta?
Porém, a vingança e os Miseráveis. São os três preferidos.
Qual a sua dica para quem quer começar a escrever sobre a realidade em forma de literatura?
Estar presente na comunidade, e ler bastante, ler é fundamental para criar o caráter literário.
O twitter é uma rede social em que você posta algumas frases. Por que decidiu usar este recurso?
É mais rápido, e chega a mais pessoas.
Quando as pessoas vão ao sarau pela primeira vez, no seu ponto de vista, como elas encaram este momento?
Depende de onde vem e como vem. Se a pessoas vêm despidas de preconceitos, o sarau da Cooperifa é o melhor lugar do mundo para se frequentar.
Seus pensamentos fazem as pessoas refletirem a respeito de diversos temas. Esse é um dos seus objetivos?
Escrevo coisas que penso em relação à vida, ao mundo. Quando outras pessoas gostam ficam muito contente.
Quem quiser seguir no
twitter /poetasergio vaz
blog: http://www.colecionadordepedras.blogspot.com/
"Enquanto eles capitalizam a realidade, nós socializamos nossos sonhos" (sv)