quinta-feira, 29 de abril de 2010

A voz de milhares

Uma curtinha. Mv Bill fez o comercial da Nextel, contando um pouco sobre sua vida. Acha pouco? Não, não é. O cara está revolucionando tudo, acredite. Antes o rap não passava por fora das comunidades, hoje, já apareceu até na formadora de opinião, TV Globo, e, agora no comercial de um produto tecnológico que ajuda na comunicação rápida entre pessoas.
Por isso, MV Bill é um dos meus ídolos, tando na música quanto no que ele anda fazendo por aí para acabar com a imagem da favela e levar a realidade para as pessoas que desconhecem a pobreza do país.


Obrigada Mv Bill, mais um sobrevivente.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Hip Hop Nacional x Internacional

Image by © Royalty-Free/Corbis


Ontem, sentada na sala de casa com uns amigos assistindo clipes de hip hop internacional, me deparei com dois problemas intrigantes. Começamos a conversar sobre o que é hip hop nacional e internacional. As letras americanas, como a música Baby by Me, do 50 CENT, que retrata o momento do sexo, podem ser comparadas com o funk carioca, porque meia hora assistindo percebi que a exaltação do corpo da mulher e do cara pegador são o enfoque dos músicos.

No Brasil, as músicas retratam a realidade de um povo sofrido e maltratado pela diferença social e falta de oportunidade. Exemplo é o grupo de rap Facção Central, com a música Eu não pedi para nascer, representando a vida de um menino que trabalha no semáfaro para dar dinheiro à mãe. Como um título (hip hop) pode ser dado para assuntos diferentes? Depois de refletir, pensei na rincha entre funk carioca e o daqui, da Baixada Santista. O mesmo problema. A música caiçara remete a problemas vividos nas comunidades, mas com batidas mais dançantes, iguais ao do funk do Rio de Janeiro. Acredito que a música carioca deveria ser remontada e repensada, principalmente para as pessoas que frequentam os bailes. Dou ênfase para as mulheres. Tudo bem, todas querem ser chamadas de bonitas e tal, mas as letras machistas e sem objetivo bestializam mais e mais a sociedade.

O outro problema é que na maioria das vezes, as pessoas que escutam o hip hop internacional não sabem a letra, não entendem o inglês. Um colega na sala disse: - Eu não entendo nada, mas a batida é legal. Curto do mesmo jeito. Se eles estiverem me chingando, nem vou perceber. E riu. Me lembro, quando era mais nova de adorar uma música e quando li a tradução fiquei chocada. De alguma forma, ainda não sei qual, devemos colocar na cabeça de algumas pessoas que o hip hop é mais que uma simples batida. É contestação, emoção e vida!

Homenagem à Dina Di. Descanse em paz.